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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sapato

Mão

Cordel





Feito com cordel embebido em tinta, fechado dentro do caderno e puxado.
Tinta da China

Bigode

Árvores

Pensamento

Num episódio do Dr. House

Lisboa


Lisboa
Folha A2

Experiências com tinta






domingo, 20 de junho de 2010

Estupidez

A liberdade de expressão na sociedade da informação é um dos grandes avanços da humanidade. O acesso ao conhecimento, o surgimento de novas ideias, criatividade e pluralismo aumentaram espantosamente. O ser humano atingiu assim um nível superior de civilização. Mas, como sucedeu nos níveis abaixo, este excelente benefício trouxe também custos evidentes. Neste caso o grau de estupidez aumentou assustadoramente.
Não é provável que o número de estúpidos tenha subido. Eles sempre foram a maioria. Infelizmente os Dante, Mozart ou Rembrandt são muito mais raros que os La Palisse, Sganarelle, Jerry Lewis ou Mr. Bean. Mas hoje têm muito mais impacto porque os meios de comunicação expandiram extraordinariamente a sua influência. Pior, aí as baboseiras interagem e fecundam-se mutuamente, explodindo a imbecilidade.
Nunca o mundo viveu mergulhado em disparates, burrices e vacuidades como nos dias que correm. Em debates televisivos e colunas de opinião (como esta, claro!), em blogues, revistas e e-mails, desenhos animados, séries televisivas e livros a asneira reina soberana. Sobretudo em momentos de dificuldade e confronto, como aquele que agora vivemos, as teorias idiotas, boçalidades sonantes e interjeições palermas dominam o espaço mediático. É verdade que em muitos casos não levamos a sério o que é dito. Naturalmente vamos ganhando uma resistência que nos protege dos dislates. Mas, apesar disso, é impossível que tal inundação passe sem efeitos. Mais que a inteligência, a bondade ou a maldade, aquilo que hoje domina o mundo é a estupidez.

Destak, 17 de Junho, pág. 23, "Estupidez" de José César das Neves

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Outros tempos; As mesmas circunstâncias

"Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abaixamento dos caracteres, mesma decadência de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se quer falar de um país caótico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa da Europa - citam-se, a par, a Grécia e Portugal. Nós, porém, não possuímos como a Grécia, além de uma história gloriosa, a honra de ter criado uma religião, uma literatura de modelo universal, e o museu humano da beleza da Arte. Apenas nos ufanamos do Sr. Lisboa, barítono, e do Sr. Vidal, lírico."

Assim escrevia Eça de Queiroz numa das suas crónicas, corrosivas e contundentes, reunidas no livro Uma Campanha Alegre, publicado em 1872.

Substitua-se o Sr. Lisboa, barítono, pelo Cristiano Ronaldo, futebolista, e o Sr. Vidal, lírico, pelo José Mourinho, treinador do mesmo ofício, e vemos os tempos de hoje com a acrescida inquietude. Mais de cem anos percorridos e continuamos a ser o que fomos. Fatalidade histórica ou sina do destino?

Destak, 16 de Junho, pág. 23, "Outros tempos; As mesmas circunstâncias" de José Luís Seixas

terça-feira, 15 de junho de 2010

O que diz o CV de uma criança

Já deita o futebol pelos olhos, já viu a sua série favorita, e agora apetecia-lhe assistir a uma conferência de um dos grandes génios do século XXI? Desta vez posso cumprir os seus desejos. Digite http://www.ted.com/ (Ideas Worth Spreading) e escolha o seu tema ou orador favorito. Ontem fui atrás de Sir Ken Robinson, um conhecido especialista em educação e criatividade, que defende que a escola não precisa de uma reforma, mas de uma revolução, porque é uma perda de tempo andar a remendar uma coisa que à partida já sabemos que não serve.

Ken Robinson explica que para ele a humanidade se divide em dois grupos, o daqueles que não gostam da sua actividade profissional e o daqueles que adoram o que fazem, uma escassa minoria garante. A justificação para este desencontro, diz o especialista, reside no facto de a escola não nos ajudas a desenvolver os nossos recursos naturais, ou seja, os nossos talentos. A quantidade de pessoas que respondem «nada» quando lhes é perguntado para o que é que têm jeito, é imensa. A culpa, defende, é da escola, que não ajusta no trabalho de prospecção interior necessária à descoberta dos seus recursos interiores.

A ditadura da ideia de que o sucesso é sinónimo de um percurso de vida linear dá cabo de qualquer réstia de criatividade. É especialmente brilhante o momento da conferência em que Robinson ridiculariza a ideia de que «tudo começa no Jardim de Infância» («a única coisa que começa no Jardim de Infância é o Jardim de Infância!»). O cúmulo desse ridículo é a nova moda dos testes de admissão para este primeiro «nível de escolaridade». Já viram o ridículo de um painel de peritos a analisar o CV de uma criança de três anos e a dizer: «Muito curto! Andas por aqui há 36 meses e é isto que tens para apresentar? Com que então seis meses perdidos a mamar!»

Perante os risos da assistência conclui que a educação igual para todos, ou seja, a educação fast-food é tão indesejável como a comida fast-food. Ambos ganham tudo com uma versão personalizada do currículo de aprendizagem, em que se criam as condições para que cada um descubra o seu próprio caminho. De facto apetece mesmo murmurar um «Assim Seja».

Destak, 15 de Junho, pág. 6, "O que diz o CV de uma criança" de Isabel Stilwell

domingo, 6 de junho de 2010

Eléctrico Lisboa



Aguarela

Estudo para quadro III




Pasteis Secos

Fumar II



Marcador

Saca rolhas



Marcador

Avestruz



Marcador

Retrato Cego - Retrato



Marcador

Camelo / Urso



Marcador

Cavalete / Estudo para quadro II



Marcador

Café, estudo para quadro



Pasteis Secos

Bocas



Marcador e Grafite

Blindness



Grafite